sábado, 19 de abril de 2008

Um Pouco de História

As origens do PPM remontam a 1957, enquanto coligação política de sectores monárquicos activos na oposição ao Estado Novo.

Nesse contexto, merecem especial menção personalidades oposicionistas ao Estado Novo como Gonçalo Ribeiro Teles, fundador do Movimento dos Monárquicos Independentes, João Camossa, o único advogado que, durante a ditadura, passou dessa qualidade a réu no decorrer do mesmo julgamento, onde defendia oposicionistas ao Estado Novo e Henrique Barrilaro Ruas, que no 3º Congresso da Oposição Democrática de Aveiro advogou o urgente derrube do regime e defendeu que os povos das colónias tinham que ser “donos do seu próprio destino”.

Em 1971, o Movimento Popular Monárquico, a Liga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa formaram a Convergência Monárquica.

A luta contra a ditadura salazarista dos sectores monárquicos que fundaram a Convergência Monárquica deu-lhes a legitimidade política para, em conjunto com a Comissão do Programa do MFA, a CDE, o PCP e a SEDES, participar na primeira reunião preparatória do I Governo Provisório.

Desta forma, o Partido integrou, desde o início, o núcleo fundador do regime democrático, surgido após o 25 de Abril de 1974. Nessa conjuntura, o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles destacou-se como o rosto do PPM nos primeiros governos provisórios, tendo sido subsecretário de Estado do Ambiente.

Em Maio de 1974, a Convergência Democrática deu lugar ao Partido Popular Monárquico. Data de 17/02/1975 a inscrição do PPM no Supremo Tribunal de Justiça, facto que faz dele o quinto partido português mais antigo (logo após o PCP, o CDS, o PSD e o PS).

O PPM fundou, em 1979, em conjunto com o PSD e o CDS, a Aliança Democrática (AD), uma coligação eleitoral de centro-direita, que teve como grandes impulsionadores o líder histórico do PSD, Francisco Sá Carneiro, bem como os líderes do CDS, Freitas do Amaral e do PPM, Gonçalo Ribeiro Teles.

A AD impôs-se eleitoralmente ao PS, facto que permitiu, no dia 03/01/1980, a formação do primeiro governo da coligação, liderado por Francisco Sá Carneiro.

Após a morte de Francisco Sá Carneiro (04/12/1980), a AD passou a ser liderada, até 1983, por Francisco Pinto Balsemão. Durante este período, o PPM integrou o Governo da República e constituiu um Grupo Parlamentar próprio no Parlamento.

Daí para cá, o PPM concorreu a todas as eleições legislativas, sem, no entanto, voltar a conseguir obter representação parlamentar própria. O Partido é liderado, desde 2005, pelo Eng.º Nuno da Câmara Pereira que, ao abrigo de um acordo pré-eleitoral com o PSD, integra, conjuntamente com o ex-presidente Pignatelli Queiroz, o Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República.

O PPM está presente na Região Autónoma dos Açores desde a sua criação, tendo promovido, em 1992, em conjunto com o CDS, a AD Açores. No ano 2000 fundou, em coligação com o PDA, a Convergência Democrática Açoriana.

Em 2005 o PPM-A obteve o seu maior êxito eleitoral, tendo logrado eleger 5 deputados municipais na Ilha do Corvo (30% dos votos registados para a Assembleia Municipal, votação que superou mesmo a coligação PSD/CDS).

O PPM-A é hoje uma força política de referência na Região. O PPM-A junta às referências ideológicas de sempre do Partido – ambiente, municipalismo, ordenamento do território e promoção da qualidade de vida – um forte espírito autonómico.


Pertencem ao património programático do PPM-A as mais arrojadas propostas do novo Estatuto Político da Região Autónoma dos Açores. O PPM-A alimenta, actualmente, legítimas expectativas de alcançar, nas eleições regionais de 2008, representação parlamentar na Assembleia Regional da Região Autónoma dos Açores.