terça-feira, 27 de maio de 2008

Políticos de Plástico


Tinha previsto, para hoje, um post mais sério sobre a actualidade política regional. No entanto, os socialistas não deixam que isto se transforme num debate sério. Não consigo deixar de comentar as sucessivas alarvidades e atordoadas vociferadas pelos tribunos socialistas que deslizam pela nossa paisagem mediática. Confesso que é mais forte do que eu.

Então não é que o ilustre e eterno poeta da revolução – já só lhe faltam 7 anos para igualar, como insubstituível tribuno da nação, o recorde de Salazar como governante – veio aos Açores dizer que Carlos César não é um socialista de plástico.

Mas que grande novidade “Manel”! Isto aqui não é Taiwan. Aqui usa-se, nestas lides da política, o velhinho pau mágico do Gepeto.

Diz o “Manel” que temos um serviço de saúde exemplarmente socialista. É verdade, sim senhor! Uma obra-prima do Presidente César. Só é possível de observar algo de parecido na sétima arte, nessa inesquecível saga que foi o Titanic. Não tenho dúvidas que a orquestra tocará até ao fim.

Diz ainda o poeta que o homem não tem agência de comunicação. É verdade, sim senhor! Não precisa dela. Para quê pagar algo que se pode ter sem pagar? Então e a RTP/Açores e o resto da comunicação social subsidiada passavam a servir para quê?

Tudo isto se pode observar e sintetizar no âmbito do profundo “humanismo” do estadista e da exemplar exteriorização da “ética republicana socialista”. Está tudo dito!

Desapego em relação ao poder, serviço público exemplar, total desprendimento das vantagens materiais e um imbatível altruísmo. Observo tudo isto no biodegradável socialismo açoriano. É verdade, sim senhor!