sábado, 26 de julho de 2008

Execrável

Sou, desde o primeiro momento, um crítico da actuação do governo socialista. Considero que este usufruiu, durante muito tempo, de uma conjuntura económica muito favorável e que não obteve os resultados que seriam expectáveis face às circunstâncias.

Critico o regime de partido único, a confusão entre o partido e a administração regional e o ataque às liberdades individuais. Estou até a sofrer, actualmente, uma tentativa de saneamento político em que estou convencido que estão envolvidas personalidades influentes do actual regime.

Tudo isto, no entanto, não me impede de considerar miserável o ataque que o filho do Carlos César está a sofrer só porque existe a possibilidade de o mesmo vir a ser indicado como candidato a deputado regional.
Não gostaria que os meus filhos viessem a ser atacados pelo posicionamento ou acção política do pai. Sou o único responsável pelos meus actos e os meus filhos serão responsáveis pelos seus.

Penso o mesmo dos filhos dos outros e considero um acto verdadeiramente canalha este tipo de ataques às famílias dos agentes políticos. Defendo a liberdade da crítica em relação à actuação política dos indivíduos, mas considero um acto execrável o facto de alguém ser enxovalhado na praça pública devido à sua filiação. Quem o faz não passa de um reles cobarde.