sábado, 5 de fevereiro de 2011

Tutela abre apenas 30 vagas para o concurso de pessoal docente

"A secretaria regional da Educação e Formação fixou em 30 as vagas para este ano do concurso interno e externo de docentes.
Os sindicatos representativos dos professores consideram que o número de vagas disponibilizadas é insuficiente tendo em conta as necessidades de docentes nas escolas da Região, que estimam em cerca de quatro centenas.
Para o dirigente do Sindicato dos Professores dos Açores, Fernando Vicente, para além do reduzido número de vagas a concurso a situação é agravada pela extinção de 92 lugares de docentes.
Sofia Ribeiro, do Sindicato Democrático dos Professores, considera que o número de vagas disponibilizadas pela tutela é inferior ao esperado e prende solicitar esclarecimentos sobre o assunto ao Governo Regional.
Nos concursos realizados em anos anteriores foram disponibilizadas cerca de uma centena de vagas ou, seja, mais de três vezes das que as previstas para este ano.
A secretária regional da Educação e Formação, Cláudia Cardoso, disse ontem ao DI que as vagas para o concurso deste ano "são as necessárias tendo em conta os condicionalismos".
Cláudia Cardoso referiu que no caso do continente e Madeira não serão realizados os concursos previstos para este ano para a admissão de professores.
"Temos que ter em conta as vagas extintas referem-se todas apenas a docentes do primeiro ciclo", afirmou.
Segundo Cláudia Cardoso, "os sindicatos têm uma visão megalómana no que se refere à abertura de vagas nas escolas e não tendo em conta que o número de alunos está a diminuir e que a conjuntura que atravessamos não é a melhor devido à crise".
Entretanto o deputado do PPM no parlamento açoriano, Paulo Estêvão, considera que a existência de apenas trinta vagas "é uma inaceitável forma de esvaziar os efeitos práticos dos concursos".
O parlamentar do PPM adianta que só entre janeiro e março de 2010 foram entregues 108 pedidos para aposentação de professores, o que quer dizer que a admissão de novos docentes representaria um encargo menor para a Região porque os aposentados estão no topo da carreira e os mais novos no início com vencimentos mais baixos.
"Importa salientar que o argumento da necessidade de diminuição da despesa no setor não pode ser aduzido com seriedade", acrescenta Paulo Estêvão.
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Diário Insular