domingo, 22 de abril de 2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Turismo voltou a “enganar-se” na ilha


Dando continuidade à prática seguida ao longo da presente legislatura, tendo em vista o debate de questões relacionadas com diversos assuntos, o deputado do PPM eleito pelo Corvo, Paulo Estêvão, apresentou cerca de uma dezena de perguntas ao Governo regional sobre as ilhas da Coesão, embora o tempo disponível tenha permitido a apresentação durante a sessão de ontem no parlamento açoriano de apenas quatro.
O deputado Paulo Estêvão começou por abordar as questões relacionadas com a cultura nas ilhas da coesão, especialmente a demora do Governo Regional em cumprir uma resolução do PPM, aprovada há vários meses no parlamento açoriano, tendo em vista a realização de um inventário para a aquisição de objetos de interesse cultural existentes na mais pequena ilha do arquipélago.
Nesse contexto, Paulo Estêvão aproveitou para apresentar uma situação que no seu entender ilustra a forma como as ilhas mais pequenas são esquecidas no que se refere à promoção cultural e turística, fazendo referência a uma situação relacionada com o filme/documentário “É na terra, não é na lua”, da autoria de Gonçalo Tocha, que foi totalmente rodado no Corvo.
Trata-se de um produção cinematográfica que tem sido distinguida em diversos festivais e que tem merecido críticas muito favoráveis.
No âmbito da promoção do filme, um jornal diário de circulação nacional promoveu um concurso para distinguir o leitor que faça a melhor crítica.
O prémio do passatempo foi oferecido pela Direção Regional do Turismo - uma passagem e estadia para duas pessoas durante quatro dias … em São Miguel.
Ou seja, o filme apresenta toda a atmosfera singular da vida de uma pequena comunidade residente no Corvo, mas os vencedores do passatempo vão conhecer São Miguel…
Para Paulo Estêvão este é mais um exemplo de que apenas a ilha maior é que conta quando se trata de promover o turismo nos Açores.
O Secretário Regional da Presidência, André Bradford, respondeu que o importante é promover os açores e que o prémio da viagem a São Miguel será uma forma de o fazer, não sendo por isso que o interesse sobre as restantes ilhas será afetado.
De facto, tem sido recorrente fazer passar para o exterior a ideia que São Miguel é que conta em termos turísticos. É assim com as ligações aéreas para o estrangeiro, com a realização de eventos mediáticos, provas desportivas e com ações promocionais como a que o deputado Paulo Estêvão apresentou.
Por mais que os responsáveis políticos regionais pretendam fazer crer que tal não acontece, surgem sempre exemplos que acabam por revelar a realidade de forma nua e crua.
Falta De Fibra
Outra questão abordada por Paulo Estêvão foi o atraso no processo da fibra ótica e má qualidade dos serviços de telecomunicações nas Flores e Corvo. Na resposta ao Deputado do PPM, o Secretário Regional da Ciência Tecnologia e Equipamentos, José Contente, referiu que a responsabilidade pelo atraso na fibra ótica nas Flores e Corvo é do Governo da República, que não avança com a adjudicação da obra, apesar de já existir o visto do Tribunal de Contas.
José Contente referiu, ainda, que também já fez chegar ao Governo da República e à ANACOM (autoridade nacional das telecomunicações), o descontentamento do Governo Regional em relação à qualidade do serviço que é disponibilizado aos habitantes das Flores e Corvo.
O líder parlamentar do CDS/PP, Artur Lima, referiu que desde maio de 2010 que o anterior Governo da República socialista estava em condições de avançar com a empreitada para a instalação do cabo de fibra ótica no Grupo Ocidental mas não o fez e deixou no ar a interrogação sobre quais os motivos que levaram a que o processo tivesse ficado sem avançar durante mais um ano, ou seja, até à realização das últimas eleições legislativas nacionais."
Diário Insular

segunda-feira, 16 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Açores: Movimento cívico quer alterar lei eleitoral para evitar aumento de deputados

A Plataforma de Cidadania, um movimento cívico que pretende participar nas eleições regionais de outubro nos Açores, manifestou-se hoje contra o anunciado aumento de deputados no parlamento regional, apelando ao sentido de responsabilidade dos partidos para o evitar.

"Num momento em que a taxa de desemprego regista um crescimento sem precedentes, em que os impostos sobem para níveis insuportáveis e em que milhares de famílias açorianas enfrentam condições precárias de subsistência, o crescimento do número de deputados é algo que não compreendemos e não aceitamos", refere o movimento cívico, num documento distribuído aos jornalistas.

Em causa está o aumento de 57 para 64 deputados regionais nas próximas eleições, imposto pelo aumento do número de eleitores inscritos nos Açores, já que a lei eleitoral estabelece uma relação entre o número de eleitores e os deputados a eleger em cada círculo eleitoral.

"O facto de em 36 freguesias dos Açores o número de eleitores superar a população residente ilustra bem o carácter completamente artificial dos cadernos eleitorais na região", salienta o documento.

Para evitar este aumento de deputados, a Plataforma de Cidadania defende uma "alteração cirúrgica" à lei eleitoral, apelando aos partidos políticos com assento parlamentar para que aprovem a iniciativa legislativa que já foi apresentada com esse objetivo pelo deputado regional do PPM, Paulo Estêvão.

A alteração proposta pretende que o atual texto que prevê, em cada círculo eleitoral, a eleição de dois deputados e mais um por cada 6.000 eleitores ou fração superior a 1.000, passe a determinar a eleição de dois deputados por cada círculo eleitoral e mais um por cada 7.250 eleitores ou fração superior a 1.000.

Para a Plataforma de Cidadania, esta pequena alteração "evitará uma situação verdadeiramente escandalosa", defendendo que a aprovação desta proposta no plenário da Assembleia Legislativa, que decorre na próxima semana, ainda permitirá que tenha efeitos práticos nas eleições regionais de outubro.

"Os sete deputados a mais vão custar 800 mil euros por ano, ou seja, cerca de 3,2 milhões de euros numa legislatura", frisou Luís Anselmo, da Plataforma de Cidadania, defendendo que a iniciativa para evitar o aumento de deputados regionais "deveria ter sido da iniciativa dos partidos.

(FR/Lusa)